O maravilhoso header é cortesia da Palmier Encoberto. Quem mais?

sexta-feira, novembro 30, 2012

Verniz térmico - isto usa-se?

Estava a descer umas escadas lá na empresa e ouvi de relance a conversa de duas meninas que estavam a descer atrás de mim. Falavam de unhas e manicure, e então pareceu-me ouvir qualquer coisa como "unhas térmicas" e "mudam de cor consoante a temperatura do corpo".
Nunca tinha ouvido falar, por isso agora que finalmente enfiei as migalhas na cama, resolvi ir ao Google pesquisar a coisa.
E achei. Um verniz de gel, térmico, que precisamente muda de cor de acordo com a temperatura. Do que li, não pensemos que pintamos as unhas de vermelho e ao chegar à rua estão 10ºC e aquilo vira azul.
Não. São mais variações do género entre o amarelo e o laranja, entre o azul escuro e o azul claro.
Ehhh...De uma forma ou de outra, parece-me que não vai ser moda a que vá aderir.
Isto é, se chegar a virar moda. A mim parece-me uma daquelas ideias que não tem perninhas para andar até muito longe...Mas isso sou eu.
Dizia o mesmo das unhas cheias de bonecada e brilhantes e piercings, e ó pra elas a passearem por aí.

Home, sweet home

As minhas manhãs são coisa para se desejar, assim na melhor das hipóteses, ao pior inimigo.
Entre tratar de mim (há o mínimo, certo?), é todo um come-que-estás-atrasada, cócó-é-no-bacio-se-quiser-cocó-pede-não-faz-nas-cuecas-nem-no-chão, penteia-te filha, lava os dentes, veste-te, come-que-estás-atrasada, bébé-cócó-no-bacio-no-bacio-se-quiser-pede-à-mãe, essa-camisola-é-por-baixo, já-lavaste-os-dentes?, vou-chegar-atrasada-qualquer-dia-sou-despedida-e-nunca-mais-chego-atrasada, parem-quietas-à-mesa, essa-roupa-é-da-tua-irmã,  bébé-a-mãe-disse-no-BACIO-porque-não-pediu-à-MÃE?!?!?!...

Bolas...por volta das 9 estou exausta e quando chego ao emprego, sento-me, ligo o computador e penso...there's no place like home!

quinta-feira, novembro 29, 2012

O big bang

Não sei se acontece com os outros detentores de blogues, mas eu, sinto assim uma necessidadezinha de explicar ao mundo o porquê de ter decidido escrevinhar algumas coisas, e o porquê dessas coisas não ficarem em papeis amontoados nas gavetas lá de casa (como fazia há 20 anos).
Sempre gostei de escrever. Passei a adolescencia a preencher folhas e folhas de diários com as minhas mágoas, desgostos amorosos e crises familiares. Diários daqueles com cadeado e chaves, que eu tratava de esconder nos sítios mais reconditos do meu quarto.Depois, tinha folhas e folhas com poemas. Cheguei mesmo a começar uma história. Tipo a sério, com uma personagem divertidíssima. Ainda mandei os primeiros capítulos para a minha Amiga-De-Sempre ler. E ela leu. E divertiu-se. Ou pelo menos disse que sim. Mas depois a coisa começou a empatar, não sabia que volta devia dar à história, e morreu por ali.
Durante anos não escrevi nada que se aproveitasse. Dou muitas vezes por mim, a escrever em pensamento, a construir frases e pedaços de histórias. Cheguei a  pensar andar com um gravador para poder registar tais ideias, e depois quem sabe, passá-las para o papel, mas nunca aconteceu.
Sempre fui mais dada a letras do que a números. Mas, quis o destino que eu com 15 anos decidisse ir para a área de Saúde. O destino e o meu pai, que me ensadecia com a história das profissões com "saída" e sem "saída". Com saída? Médicos e engenheiros. Sem saída? Jornalistas, filósofos, psicólogos e todas essas pessoas com medo da matemática.
Eu não tinha medo da matemática, e mesmo com 15 anos, já percebia que entre ser uma médica a ganhar muitos "contos" ou uma jornalista a contar tostões, vá lá, preferia pegar o toiro pelos cornos.
Não sou médica. Mas acabei por frequentar 3 engenharias até me decidir por uma, que acabei por levar até ao fim.
A engenharia deu-me conhecimentos, mas deu-me sobretudo um tipo de raciocínio que me permite fazer o que faço hoje e que não tem nada a ver com o que estudei (mas mete muitos números)
Quanto mais números vejo enquanto trabalho, mais vontade tenho de me virar para as letras, ou fazer qualquer coisa verdadeiramente criativa.
Há aqui um cérebro que precisa urgentemente de ser estimulado para algo que não inclua € ou %.
E foi assim que chegou o Pasme-se Quem Puder.
E espero que alguém o resolva ler, senão, mais vale voltar aos papéis avulso nas gavetas lá de casa.