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quinta-feira, novembro 29, 2012

O big bang

Não sei se acontece com os outros detentores de blogues, mas eu, sinto assim uma necessidadezinha de explicar ao mundo o porquê de ter decidido escrevinhar algumas coisas, e o porquê dessas coisas não ficarem em papeis amontoados nas gavetas lá de casa (como fazia há 20 anos).
Sempre gostei de escrever. Passei a adolescencia a preencher folhas e folhas de diários com as minhas mágoas, desgostos amorosos e crises familiares. Diários daqueles com cadeado e chaves, que eu tratava de esconder nos sítios mais reconditos do meu quarto.Depois, tinha folhas e folhas com poemas. Cheguei mesmo a começar uma história. Tipo a sério, com uma personagem divertidíssima. Ainda mandei os primeiros capítulos para a minha Amiga-De-Sempre ler. E ela leu. E divertiu-se. Ou pelo menos disse que sim. Mas depois a coisa começou a empatar, não sabia que volta devia dar à história, e morreu por ali.
Durante anos não escrevi nada que se aproveitasse. Dou muitas vezes por mim, a escrever em pensamento, a construir frases e pedaços de histórias. Cheguei a  pensar andar com um gravador para poder registar tais ideias, e depois quem sabe, passá-las para o papel, mas nunca aconteceu.
Sempre fui mais dada a letras do que a números. Mas, quis o destino que eu com 15 anos decidisse ir para a área de Saúde. O destino e o meu pai, que me ensadecia com a história das profissões com "saída" e sem "saída". Com saída? Médicos e engenheiros. Sem saída? Jornalistas, filósofos, psicólogos e todas essas pessoas com medo da matemática.
Eu não tinha medo da matemática, e mesmo com 15 anos, já percebia que entre ser uma médica a ganhar muitos "contos" ou uma jornalista a contar tostões, vá lá, preferia pegar o toiro pelos cornos.
Não sou médica. Mas acabei por frequentar 3 engenharias até me decidir por uma, que acabei por levar até ao fim.
A engenharia deu-me conhecimentos, mas deu-me sobretudo um tipo de raciocínio que me permite fazer o que faço hoje e que não tem nada a ver com o que estudei (mas mete muitos números)
Quanto mais números vejo enquanto trabalho, mais vontade tenho de me virar para as letras, ou fazer qualquer coisa verdadeiramente criativa.
Há aqui um cérebro que precisa urgentemente de ser estimulado para algo que não inclua € ou %.
E foi assim que chegou o Pasme-se Quem Puder.
E espero que alguém o resolva ler, senão, mais vale voltar aos papéis avulso nas gavetas lá de casa.

1 comentário:

  1. É a primeira vez que comento o que quer que seja nesta coisas dos blogues, os quais só há coisa de meses "descobri" como um escape aqui aos números do escritório, em dias aborrecido(todos) vou espreitando uma meia-duzia que me fazem rir, ou chorar (devo ter um descontrolo qualquer hormonal), ou até pensar, coisa que dá cabo de mim, tal é a canseira.
    Resumindo... gosto tanto de a ler, ao ponto de hoje chegar a Nov.2012 (manhã muitoooooooo produtiva aqui nas facturas!!) e assim que li este post quis agradecer-lhe o estar por cá, a partilhar estes papeis avulso virtuais que nos vão chegando por aqui.
    obrigada :)
    Elisabete, Braga

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