O maravilhoso header é cortesia da Palmier Encoberto. Quem mais?

domingo, março 31, 2013

As doenças e as festas

Migalhas até nem são crianças de grandes doenças. Verdade, verdade, cá em casa conhecemos pouco mais que Ben-u-ron e Brufen.
Não há asma, adenóides gigantes, amígdalas com mania das grandezas.
Cá em casa, os dedos de uma mão chegam para contar o número de vezes em que foi preciso antibiótico. Para os três.
Mas a falta de sentido de oportunidade das viroses é que é do piorzinho que tenho visto. Já houve dias de Natal, de aniversario, e até já houve migalhas com febre no dia do próprio Baptismo.
E hoje, o meu migalha mais bebé, resolveu exibir uns maravilhosos 38 graus de febre, que voltam a cada três ou quatro horas, e que estão em acérrima disputa com o S. Pedro, a ver quem me lixa mais o Domingo.
Boa Páscoa.

sexta-feira, março 29, 2013

Em modo trabalhos manuais

Migalha mais velha foi passear na praia com a escola.
- Na praia??- Perguntam vocês, incrédulos.
Sim, um destes dias, houve uma nesga de sol e lá foi a migalhada toda.
Apanhou um monte de conchinhas daquelas que nunca se encontram.
Bom, talvez só no Inverno.
Resolvemos olhar para as conchinhas como matéria prima. E juntas, fizemos este quadro que já repousa na parede do quarto delas.

quinta-feira, março 28, 2013

Imunidade

Sabemos que temos as defesas nas lonas quando ou estamos constipadas, ou temos cistites, e nunca estamos bem.
Alguma sugestão? Chás, ervas, drogas?

terça-feira, março 26, 2013

Avaliação de competências

Hoje fui avaliada.
Foi aquele momento do ano, em que o meu superior hierárquico, formalmente se senta a uma mesa com montes de papeis, e uma escala de classificação, e descrição das competências a avaliar e tudo e tudo a sério.
No meio daquele monte de papéis, reconheço o formulário da avaliação, e fico a tentar adivinhar o que será o resto.
Hum...Apontamentos?
Talvez qualquer coisa do género, dia 12 de Novembro de 2012 às 14h55m, enviou mapa com fórmulas cheias de erros. 
Ou então, chegou 10 dias depois das dez da manhã.
Ou ainda: sete dias com rabo de cavalo para disfarçar cabelo oleoso a clamar por água e champô.
Será que os meus disparates enchem aquelas folhas todas? Ai ai...
Depois, invariavelmente, pede para fazer o balanço do ano de trabalho. E uma auto-avaliação. Coisa que não considero assim muito difícil, porque se há competência que tenho desenvolvida é a comunicação em contextos familiares, e eu, digamos que me sou uma pessoa bastante familiar.
Depois avalia-me. Aliás, sobreavalia-me. Elogios atrás uns dos outros. 
Eu vou ouvindo, suspirando de alívio e pensando que ou sou muito mais competente do que penso, e só uma exigência pessoal desmesurada não me permite ver diariamente que sou quase uma superstar da gestão, ou então ando há 10 anos a enganar chefes atrás de chefes, ingénuos e incautos, a quem ardilosamente consigo convencer que sou uma das sete maravilhas do mundo das empresas de distribuição.
Outra hipótese que não devo descartar, é que chefe amoroso não proferiu só elogios, mas o meu enorme ego aumentado me impediu de ouvir os pontos a melhorar.
Ups...Alguém tomou nota dos pontos a melhorar?



Matemática 1-0 Dito-Cujo


Migalha a fazer TPC de matemática:
10+7+2=?
Mãe inteligente ou seja, eu:
- Vá filha, então, 7+2?
- Nove!
- Isso. E agora, 10+9?
Entra Dito-Cujo, altamente inspirado para as ciências matemáticas:
- Migalha...dez e nove...dezzz...nove. Dezzz...e...nove. Então, vá...dezz....a...nove. Filha,  se fosse 10  mais 5...dezzz...
Dezacinco. 

E pronto. Foi um momento.

sábado, março 23, 2013

Importa-se de repetir?!

Bom, na minha guerra sem tréguas às cistites de que já por aqui tinha falado, vou fazer um exame que se chama Fluxometria.
Enfermeira dócil e simpática:
- Sente a bexiguinha cheia?
Eu:
- Siiim! A rebentar! Acabei se fazer uma TAC com a bexiga cheia e estou aflita para ir à casa de banho.
- Ah, óptimo. Então é fácil, é só fazer chichi normalmente sentada nesta cadeira.
3 minutos e 5 litros de chichi depois diz enfermeira com sorriso amarelo:
- Tenho más notícias. Estava mesmo aflita! É que o máximo deste exame é 600  (não sei quê) e ultrapassou muito. Vamos ter que repetir...
- O quê? Sua idiota de merda, eu avisei que estava aflita, a estoirar, se desse um espirro mijava pelas pernas abaixo. Como repetir, sua parva gorda,  lá porque faz esse sorrisinho sonso acha que não lhe vou à cara?!  Acha que faço chichi quando quero e me apetece! Acabei de fazer 5 litros , como repetir sua cabra egoísta, pensa que a minha vida é mijar em cadeiras a pedido de enfermeiras incompetentes?!
Ou então?
- Não me diga, que maçada. Mas agora não posso esperar. Posso voltar segunda?

As migalhas e as estações do ano

Quando a migalha mais velha tinha uns 3 anos, em Setembro, começamos a dizer, está quase a chegar o Outono, está quase a chegar o Outono. Migalha começou a perguntar incessantemente, quando chega o Outono, quando chega o Outono.
Um dia, quando lhe estou a dar o beijinho de boa noite, ela pergunta:
- Mãe, mas afinal quando chega o Outono?
- Está quase filha. É dia 21.
- Mãe, o Outono é um amigo do pai, não é?
Hoje, com migalha do meio.
- Ai filha, este tempo, nem parece que chegou a Primavera.
- Mãe, a Primavera deve ter ido para outro lado, não é?

Sábados musicais

Migalha do meio, sempre dada a cantorias, representações e artes em geral, pediu para ir para uma escola de música.
Nao querendo frustar já os dotes artísticos da pequena , lá encontrei uma escolinha de música com um programa adequado à idade dela.
Hoje vai ter a primeira aula.
Ontem, ia no carro com o pai, e a irmã perguntou-lhe se estava nervosa por ir começar a música.
-Não...é que não estou muito à vontade com o piano.
Não? Ahahahahaahah.
Sem palavras.

sexta-feira, março 22, 2013

O que pensou José Sócrates?

Que ia para Paris ver se a poeira assentava e depois voltava como se não tivesse feito NADA?
Que estava por lá, a estudar (ui, os hábitos de estudo dele devem ser de cair) e depois voltava, como se não se passasse NADA?
Já assinei a petição para que o impeçam de ir para o canal público de televisão ser comentador político, acho que se tivessem dito que ia fazer a voz do capuchinho vermelho, assinava na mesma.
Mas o que eu queria mesmo muito, era saber se não há para aí uma petiçãozinha que se assine para que o homem fique emigrado em França a fazer doutoramentos até as galinhas terem dentes. Ou até que ganhe vergonha na cara.
Pois. Isso mesmo.Para sempre.

quinta-feira, março 21, 2013

Deixar de fumar

Deixei de fumar no ínicio da segunda gravidez.
Não, não fui acometida de nenhum ataque de tomada de consciência por causa do bebé. É que enjoeeeeei. Ainda tentei (sou estúpida, eu sei), fumar aqueles 3 cigarros por dia que fumei durante a primeira gravidez, mas não consegui. O cheiro era insuportável. Mas o mais leve cheiro a fumo de cigarro, mesmo que fosse só na roupa, ou numa sala, me levava ao vómito. Dito-Cujo não podia sequer passar perto de mim se não tivesse esfregado os dentes, lavado as mãos durante pelo menos vinte minutos, e mesmo assim arriscava nausear-me.
E assim passaram todos os meses da gravidez, e coisa continuou depois da migalha nascer. O tabaco tornou-se qualquer coisa com a qual não conseguia conviver e o odor a tabaco absolutamente nojento para mim.
Já não vomito quando me chego ao pé de um fumador, mas continua a ser um cheiro que não suporto.
Entretanto Dito-Cujo já deixou de fumar e voltou nem sei quantas vezes. Promete aos filhos, deixa de fumar uns tempos, depois começa a fumar uns cigarros às escondidas, e quando já não consegue disfarçar, volta a fumar em pleno.
Agora anda outra vez com a conversa de tomar uns comprimidos, com os quais deixou de fumar uma das 15 vezes, e vai fazer mais uma pausa. Deve ser para depurar.
Quanto a mim, quase que consigo garantir duas coisas (quase, que o desta água não beberei é de evitar)
1. Não vou voltar a fumar
2. Não vou voltar a ser gorda
Lá para os oitenta anos faço um ponto de situação para decidir que sou o máximo.

Mais da pedagogia que se usa cá por casa

Alegre jantar do dia do pai em casa dos sogros.
Migalhas cirandam felizes à volta da mesa, enquanto os crescidos se empaturram por mor de ser festa.
De repente, não sei bem como, está montada uma conversa sobre quando casámos, e que migalha mais velha nasceu antes de casarmos, e cunhada armada em engraçada manda umas piadolas sobre o pecado e os filhos fora do casamento e tal.
Migalha esbugalha os olhos, a tentar apanhar todos os pormenores da conversa que prosseguia em modo gargalhada geral.
E eu defendia-me como podia, ah e tal, eu???, uma santa, deve ter sido obra e graça do Espírito Santo.
Migalha arregalando ainda mais os olhos:
- O que é que é isso do Espírito Santo...?
- Não sabes filha? Tu és irmã de Jesus. Por parte do pai. São os 2 filhos do Espírito Santo.
Preciso de um buraco. Grande. Para me enfiar lá dentro a rezar para que ela não vá para a escola repetir as merdas muito estúpidas que se dizem cá por casa.

quarta-feira, março 20, 2013

O que quer dizer pasme-se quem puder?

Curiosamente, esta é uma das entradas do Google que me aparece nas estatísticas do blogger. Suponho que algumas das pessoas ( queridas, maravilhosas) que por aqui passaram, resolveram fazer a pergunta. Até me admira que a entrada não seja - que raio de porra quer dizer pasme-se quem puder?
Esclarecendo os cérebros mais curiosos:
Cheguei uma altura da vida em que muitas vezes tenho a sensação que já vi ou ouvi de tudo. Aliás, o Mundo que temos à nossa volta, as historias que ouvimos e vivemos, fazem com que muito pouco nos surpreenda, nos espante. Por isso, acho que nem todos conseguem manter a capacidade de se pasmar. Por coisas boas ou por coisas más.
E a capacidade de ficarmos pasmados com algo, é para mim sinal que ainda não estamos demasiado velhos, e que a vida à nossa volta ainda nos pode surpreender ao ponto de ficarmos com o queixo caído.
E é bom que nos caia o queixo de vez em quando. É sinal que algo aconteceu acima de qualquer expectativa. Se for uma coisa boa, maravilhoso. Se for uma coisa má e eu ficar pasmada, quer dizer que a minha cabeça mantém alguma sanidade e não vive acomodada a esperar maldades ou tragédias. Quer dizer que o Mundo tantas vezes perverso ainda não me corrompeu a essência.
Perceberam? Provavelmente não, mas não sei explicar melhor.

segunda-feira, março 18, 2013

Presentes de mim para mim #1

Quando a migalha mais velha nasceu, estava tão feliz, tão bêbeda de amor por ela, que quis comprar um presente que marcasse aqueles momentos que estava a viver.
Tinha ela menos de um mês, e vejo na montra de uma galeria, uma serigrafia de um autor que adoro e que conhecia das paredes de casa de uns amigos. Lá estavam elas, aquelas bonecas gordas e redondas, inconfundíveis, ainda por cima com umas cores que ficavam a matar na sala.
Olhei, voltei a olhar. Pensei que se deixasse escapar aquela, dificilmente a voltaria a encontrar. E achei que merecia. E comprei-a. Quando saí da galeria com a serigrafia debaixo do braço, senti que tinha feito a melhor compra da minha vida. 
E viemos para casa. Eu e as meninas rechonchudas do Albino Moura.
Eu prossegui a minha vida. E elas ficaram. Impecavelmente embaladas. À espera da moldura, e de uma parede onde fossem brilhar.
E esperaram. Durante quase 7 anos. Até que no último Natal, resolvi dar novo presente a mim própria. Uma moldura para a serigrafia. E hoje, passados três meses do regresso das minhas bonecas a casa, já de fatiota nova, finalmente hoje, espetei uns pregos na parede e já se impõe majestosas na parede da sala.



Aqui estão elas. Adoro-as.
Estou mesmo feliz, pá!

A mãe antes e depois

E eis que pranto aqui a primeira imagem.
 Não pensem que não o quis fazer mais vezes, mas digamos que o "como fazê-lo", me estava a dificultar as intenções.
A migalha mais velha fez o desenho que está lá em cima, ao pé do título do blogue. É a visão dela da mãe, antes e depois do peso que comecei a perder, faz amanhã um ano.
Lembro-me exactamente quando comecei a perder peso. Não porque tivesse consulta macada com uma nutricionista, ou com um cirugião plástico, mas porque foi após um jantar de dia do pai, na casa dos meus sogros. A minha inspirada cunhada, resolve olhar para o dito-cujo e dizer qualquer coisa do género, não te ponhas a pau, não.
E eu, que desde a primeira gravidez era um texugo feliz, olhei para o musculado e atraente dito cujo, e senti um frio no estomâgo.
E nesse dia, o meu lema tornou-se: não vou ser a única gorda cá de casa. Em boa verdade dos factos, não seria a única, porque migalha do meio já luta contra o excesso de peso, mas vá.
No dia seguinte, o medinho de dito cujo andar por aí a fazer furor entre o mulherio esfomeado era tanto, que nem fome tive. Depois foi sempre a andar. Deixei de comer porcarias a toda a hora. Comecei a levantar o rabo do sofá. Primeiro umas caminhadas, depois umas corridas. Fui vendo o peso a diminuir na balança, as roupas a ficarem muito largas. E perdi uns 16 kg, muito além do que pensava quando me decidi meio enraivecida a abdicar da carreira de lontra.
E a minha migalha, que sempre me tinha conhecido mais para o gordo, também notou. E desenhou-o de uma forma bem expressiva.
A mãe antes e a mãe depois. A mãe gorda e a mãe magra.
Só há um pormenor que a migalha falhou, mas digamos que com 7 anos não se pode reparar em tudo: odeio roxo e uma blusa dessa cor seria talvez a última peça que usaria. Gorda ou magra.

domingo, março 03, 2013

Balanço de uma viagem

Como certamente perceberam pelos mini posts que escrevi em terras de Vera Cruz, não achei o Brasil aquela coisa.
Acho que levava as expectativas muito altas. Foram meses a sonhar com bebedeiras de caipirinha na praia a par com o dito-cujo, com tórridas quecas dentro de águas cálidas, com sexo na praia à noite, com sestas intermináveis em areais a perder de vista.
É óbvio que nesses meus sonhos, não estavam incluídos dados tão relevantes como:
Número 1 e muito relevante para não permitir realização de acontecimentos sonhados a nível de 3º escalão: - As praias não são desertas
- S. Salvador é uma cidade, e as caipirinhas com os pés dentro de água bebem-se talvez em lugares mais calmos e isolados onde só fomos de passagem e onde não estávamos instalados (mesmo assim consegui apanhar uma piela, numa praia, com caipirinha)
- A preocupação em que nos subtraíssem o que deixávamos na areia era quase impeditiva de podermos ter grandes e prolongadas distracções dentro de água.
- As saudades das migalhas começaram a assolar-me ao fim de 4 ou 5 dias, não me deixando usufruir a 100% das férias.
- Tínhamos amigos por perto, e a verdade é que para podermos estar mais tempo com eles, não quisemos andar a "viajar"
- Tínhamos o hotel reservado e pago para os 10 dias, e portanto não dava para chegar a meio das férias e dizer, olha, vamos 4 dias para uma ilha beber água de côco e...caipirinhas na praia.
-Os nossos amigos ainda estavam com a ressaca do Carnaval e portanto, não estavam para grandes maluqueiras.
A esta altura já estão a perguntar o que foi bom.
Foi muito bom umas férias de filhos, apesar das saudades. Foi muito bom estar com o meu maridinho, fazer coisas tão simples como refeições a dois, ler um livro com ele ao lado, sentir que somos nós em Portugal ou em qualquer parte do Mundo.
Foi bom sentir saudades de casa, e ter cada vez mais a certeza que a minha família é o meu projecto de vida, o único onde quero ser imbatível e irrepreensível, o único onde aposto todas as fichas e que não quero que falhe. As migalhas não entendem, como é óbvio, não agora, mas ao deixarmos os 3 para trás para termos momentos só nossos, estamos a fazer mais por eles, e pela nossa família, do que se tivessemos ficado juntos. Estamos a fortalecer os nossos laços, o nosso amor, a lembrar que a nossa relação é o princípio de tudo e o pilar que tem de se manter forte para a casa não desabar.
Pode não ter sido a lua de mel que poderíamos ter tido e não tivemos, porque já muito foi construído, e não dá para fingir que somos só dois recém casados a iniciar um casamento.
Sobretudo tive de confiar no dito cujo e não ser eu a organizar e a mandar em tudo (Deus sabe como gosto de mandar e decidir). Confiei no destino que escolheu, no voo, no hotel. Fui com ele, com tudo tratado sem eu ter a mínima preocupação.
E sabem que mais?
Adorei!

I'm back...again!

Olá olá!
Para as 3 ou 4 pessoas que deram pela minha falta, juro que não tentei criar nenhum género de suspense macabro ao escrever o último post antes de entrar para um avião,  e depois não escrever nada durante uma semana. É bastante óbvio que se fosse a Pipoca, ou a Cócó, a coisa daria notícia de abertura de telejornal, mas por aqui, nada.
Até porque se o avião se tivesse esbardalhado cá em baixo, certamente saberiam. Se tivesse sido presa acusada de tráfico, ou por distúrbios a bordo, certamente também saberiam.
Adorava dizer que tive uma semana de tar forma atribulada e preenchida de acontecimentos que não tive tempo para escrever...mas também não. A verdade é que fui acometida por uma preguicite aguda na ponta dos dedos, mas sobretudoi no cérebro, que me fez menosprezar tudo o que vi ao ponto de achar que nada era digno de um post.
E agora que estou de volta, irei como é óbvio maçar-vos com o balanço da minha viagem.
Num post perto de si.