O maravilhoso header é cortesia da Palmier Encoberto. Quem mais?

segunda-feira, setembro 30, 2013

Momento pedagógico (mais um)

Migalha Mais Velha está a ver uma série no canal Disney, muito mais apropriada aos pré-adolescentes do que a meninas de sete anos. É só cantoria e dança, importada da Argentina ou da Venezuela, toda dobrada em português. Com excepção do musicol.
Olho de relance e vejo a protagonista. Sai-me:
- Essa Violeta é cá uma sonsa!
-O que é sonsa, mãe ?
-Toda certinha e direitinha, penteadinha, com os livros debaixo do braço! Não se aguenta.
Glup.
Talvez não fosse exactamente isso que eu queria dizer.

domingo, setembro 29, 2013

Senhores da CNE... Cu-cu

Será que a CNE está de olho na Blogolândia? Será que tem o seu olho omnipresente a ver quem ousa desrespeitar a lei?
É que estou mesmo com vontade de me espraiar a falar dos candidatos a Lisboa.
Logo hoje que estou com formigueiro na língua!

sábado, setembro 28, 2013

Apontamentos de Sábado

Migalha do Meio: A Arruda ainda é Portugal?

Fiz a actualização do IOS 7. Preciso de óculos de sol até me habituar.

A previsão do meu signo para a semana: quando lhe apetecer comer doces beba copos de água. (já vou em três litros).


quarta-feira, setembro 25, 2013

Fashion-consultoria

E agora eu comprava umas calças ou uma saia.
Assim, sem pensar. Um impulso.
Até nem eram de nenhuma marca cara. Podiam ser da Zara, da Primark, da loja do Chinês aqui da rua.
E chego a casa, perdidamente apaixonada pelas calças, saia, e descubro que aquilo não dá com nada do que tenho no closet, ou então sou eu, pouco dada a essas coisas fashion, que não vejo jeitos de fazer um look com trambelho onde enfie as calças, a saia, ou o que mais lhes aprouver imaginar.
E então avalio as minhas opções.
A primeira e imediata, mandar aquela merda para o fundo da gaveta, afinal não foi grande investimento, e estou bastante certa que passado dois dias não me lembro que existe.
A segunda, equacionar dar as calças, saia, que a esta altura já me começaram a estorvar,  a uma daquelas pessoas que não precisam mas que aproveitam tudo o que lhes é dado, na máxima, "a cavalo dado não se olha o dente".
A terceira, escrever para uma fashion-blogger,  equacionar gastar dez vezes o preço da peça que a esta altura me parece já um mono, para que consiga conjugá-la num de três ou quatro outfits. 
Na puta da loucura, quem sabe comprar tooooooodas as blusas, casacos, sapatos e carteiras, colares e anéis que a adviser me aconselhar, de forma a garantir que consigo usar "a coisa" pelo menos em três ou quatro ocasiões diferentes sem parecer que estou com a farda da Mango.
No desespero de não conseguir envergar o objecto de desejo condignamente, posso mesmo equacionar PAGAR a uma dessas moças,  pelas suas preciosas dicas, e toda a gente sabe que os serviços de consultoria não são baratos.
Estamos a falar de know-how, e a sabedoria, mesmo que venha etiquetada "made in Bangladesh", não tem preço.

Ainda o Outono

Olá pessoas que só falam do frio e da chuva, dos dias curtos e dos fins de semana enfiados em casa.
Tenho algumas palavras-chave que me animam, e como boa samaritana que sou, vou partilhá-las.

Romãs
Castanhas
Diospiros
Mantas
Sofás
Cozido à portuguesa
Campeonato de futebol
Lareira
Ruas iluminadas

Depois, antecedidas da palavra novos/as:
Roupas
Botas
Temporadas de séries
Filmes decentes

Não agradeçam e não respondam com tudo o que é mau. Acham que não sei?

terça-feira, setembro 24, 2013

Post interdito a feministas

Precisei de ir devolver uma coisa ao Leroy Merlin. Quando vinha a caminho do carro, cruzo-me com um casal que carregava, cada um, uma caixa de azulejos. O homem vinha com um ar sofrido, mas a pessoa no feminino que caminhava atrás dele...Coitada da pessoa! Vinha praticamente de gatas, com a caixa a ameaçar desfazer-se a cada passo pequenino e pouco equilibrado que dava, com um esforço obviamente não proporcional às suas capacidades físicas.
Foi isto que ganhámos com a igualdade de direitos!
Direitos? A mim, parece-me que quem ganhou direitos foram os homens! Podem dar biberão ou banho aos filhos sem serem acusados de bananas, escolher cortinados e móveis sem que a sua sexualidade seja posta em causa, deixaram de ter a responsabilidade total do sustento da família, podem ter um papel activo na realização das tarefas domésticas, até podem usar alpercatas, por Deus!
E nós, senhoras, o que ganhámos?
O direito de carregar material de construção lado a lado com o nosso homem. Taco a taco. De igual para igual.
Fomos bem enganadas!


(Parece que também ganhámos o direito a votar. E com ele os homens ganharam o direito de nos dizer que temos tanta responsabilidade como eles). Bah!

segunda-feira, setembro 23, 2013

Pessoas dos Recursos Humanos que recrutam outras pessoas

Já sei que os fumadores têm sempre aquele problemazito de fazerem pausas para irem à porta enfumaçar...
Mas, e os telefones, Deus Meu? Só eu é que vejo o perigo dos telefones? Como é possível  que alguém que esteja no pleno uso das suas capacidades intelectuais contrate para trabalhar um candidato que se apresenta i-equipado numa entrevista?

O fim de semana teve Excelente

Bem...! Tive um fim de semana tão bom e tão relaxado, que ainda estou meio zen...
Estivemos num Turismo Rural espectacular, só verde e campo e silencio. Azul só o do céu e da piscina onde Migalhas ficaram até estarem como ervilhas secas.
Dificilmente arranjava melhor forma de dizer adeus ao Verão. Acham possível estar mais relaxada e feliz depois de dois dias do que estava depois de dez de férias? Difícil de acreditar, eu sei, até para mim. Mais uma prova, que quantidade não é qualidade.
Claro que muito ajudou aquele sítio de Agro-Turismo em particular ser dos meus queridos tios, e de toda aquela casa estar cheia de móveis e fotografias que me lembram a minha infância e a minha vida em casa dos meus avós (após a morte da minha avó no Verão passado, depois de a minha mãe ter dispensado o monte de  "coisas que não valem nada", o meu tio carregou tudo para ali e aproveitou as coisas mais inimagináveis). Em cada canto um livro que li, um espelho em frente ao qual brinquei enrolada em lençóis que eram vestidos de noiva, uma gaveta que abri, mil e uma recordações que me ligam ao que fui e ao que foi.
Acredito que a morte não é o derradeiro fim, gosto de acreditar nisso, e se há sítio no Mundo onde a minha avó possa estar a olhar por nós, é ali, onde passou os seus últimos dias antes de adoecer e onde conseguia encontrar a paz que tanto procurava e que teimava em fugir-lhe sempre, tão perdida nos seus pensamentos com saudades de uma vida que nunca teve.
Melhor seria quase impossível.

sábado, setembro 21, 2013

Olá Outono 2013

Já tomei um pequeno almoço dos Deuses numa ensolarada eira, já dei uns bons mergulhos numa piscina, já comi figos madurinhos arrancados da árvore.
E ainda nem é hora de almoço. 
O fim de semana está a ser óptimo, só espero que continue assim toooodo o dia e que passe para amanhã. 





quinta-feira, setembro 19, 2013

Casar ou não casar, eis a questão

Hoje viajei durante quatro horas de automóvel com uma colega que ainda não casou. Tem trinta e quatro anos, alguns namorados no currículo, um ex-namorado que foi o homem da sua vida, mas ainda não casou.
Por cá, as minhas amigas casaram todas. Não há cá a  "solteirona" ou "encalhada" entre as pessoas que me são muito próximas (bolas, que palavras horrorosas, como é que ainda se usam?). Por isso, apesar de conseguir muito bem compreender as angústias de quem vê o tempo a passar sem que os seus sonhos se concretizem (casar e ter filhos, claro)  não vivo de perto essa realidade.
Mas falava-me ela da solidão. De não ter com quem ir de férias. De como todas as suas amigas casaram e vivem para as respectivas famílias. De como os seus grandes amigos homens foram praticamente proibidos pelas mulheres de continuarem a amizade que tinham com aquela mulher solteira mortinha para arranjar um homem.
Não tive pena, até porque é uma mulher demasiado interessante e inteligente para esse tipo de sentimento, mas a verdade é que o medo de "ficar para tia" ainda atinge muitas mulheres. Por muito que se preencha a vida com o emprego, os sobrinhos, as saídas e os jantares.
O desejo de ter filhos ao mesmo tempo que os anos vão passando, não é um bom conselheiro.
Relógio biológico?
Dizíamos que a probabilidade de fazer disparates (leia-se ter um filho do primeiro gajo que deixe uma escova dos dentes na nossa casa) é enorme.
Desespero?
Meninas solteiras com desejos animalescos de casarem e acasalarem, se pensam que o casamento é uma instituição segura onde vão finalmente poder respirar de alívio e viver tranquilas para sempre, desenganem-se. Os medos de perda, as inseguranças e as angústias não desaparecem com um estalar de dedos, e a verdade é que só saberemos se foi "para sempre" no dia em que um dos dois quinar. Por isso, vão vivendo um dia de cada vez, há homens maravilhosos, mas também há idiotas que não lembram a ninguém.
Não se esqueçam, se o casamento com um homem maravilhoso já tem as suas agruras, imaginem se com as pressas se casam com um idiota.
Ninguém aguenta.
Nem vocês.




quarta-feira, setembro 18, 2013

De volta às corridas (uma espécie de)

Hoje os meus ténis pediram para sair do armário. Parece que a agorafobia que os atingiu durante estes muitos e muitos dias, desapareceu. Fiz-lhes a vontade. E fomos (eu e os ténis) correr. Bem, tenho-vos a dizer que para quem não mexia uma palha há tanto tempo, até nem me portei nada mal! Não fosse a asma, a dor de burro e as cãibras nas pernas, e era menina para ter corrido para cima de dez minutos! Assim, foi mais caminhar. Mas também faz bem, não é? Dizem, não dizem? As pessoas que percebem dessas coisas dizem. Sim, sim, dizem que eu já ouvi! Vá, metam aí uns mais na minha pontuação para blogger-como-deve-ser.

segunda-feira, setembro 16, 2013

Pensas que o dia te correu mal?

Hoje o dia voltou a lembrar-me da aparente arbitriedade da morte. Digo aparente porque a minha fraquíssima vertente esotérica gosta de acreditar que nada é por acaso.
A vida corre normal e ligeira, e de repente uma veia rebenta num cérebro e em quarenta horas alguém com tudo pela frente doa os seus órgãos enquanto espera que lhe desliguem as máquinas que lhe fazem bater o coração.
Hoje, enquanto oiço a respiração dos meus filhos que dormem tranquilos, e oiço os movimentos de Dito-Cujo, outra mulher como eu, chora copiosamente a inesperada morte do marido enquanto tenta pensar na melhor forma de consolar os filhos, já sem tempo para a sua própria dor.
Hoje o dia voltou a lembrar-me da aparente arbitriedade da morte. E de como somos efémeros e frágeis.
E de como todos os problemas parecem pequeninos perante estas coisas.

domingo, setembro 15, 2013

Regresso ao passado

E de repente estávamos em 2023. Migalhas eram adolescentes enfiadas cada uma no seu quarto, de porta fechada, a falar ao telemóvel, a ler blogs na net, a jogar jogos numa qualquer versão de tablet que possa existir daqui a dez anos. Eu e Dito-Cujo podíamos sair para tomar um café, apanhar o ar fresco da noite.
Amanhã, cada um escolhia a sua roupa, arranjava a sua mochila e chegava às aulas pelos seus próprios meios.
Eu, teria que me levantar com tempo suficiente para me arranjar.
Não haveria choradeiras de regresso à escola, nem rastos de ranho nas calças.
Seria perfeito, não fosse ter quase cinquenta anos.

sexta-feira, setembro 13, 2013

Estou desgostosa

Migalha Mais Velha passou para o segundo ano. No ensino publico.
No primeiro ano foi uma odisseia. Não tinha professor, depois apareceu, deu dois dias de aulas e foi retirada porque tinha existido um erro no concurso. Voltou ao fim de uma semana e levou a turma até final de ano lectivo, bem, na minha opinião. Migalha Mais Velha é excelente aluna. Gostava da professora. A professora gostava dela.
A professora era contratada. Mas estava numa posição muito boa no concurso e existiam muitas esperanças de voltar a ficar com a turma. E podia ter ficado. Porque foi colocada no agrupamento. Mas já estava outro professor nomeado para a turma.
E estou desgostosa porque apesar de ter tentado com outros pais reverter a situação, com mails e exposições,  não conseguimos. Porque outros pais, com meninos não tão bem sucedidos fizeram precisamente o contrário.
Estou desgostosa porque apesar de me ter empenhado saiu-me o tiro pela culatra.
Estou desgostosa porque o ensino publico é uma merda.
Estou desgostosa porque não optei por um colégio privado para a minha filha
Estou desgostosa porque a minha filha está desgostosa.
Estou desgostosa porque há pais que não olham para dentro e atribuem todos os problemas dos filhos a um professor (e se há lá mães que se vê à légua que têm uma pancada gigante).
Estou desgostosa porque a minha própria pancada me torna simultaneamente pessimista e avessa a mudanças.
Estou desgostosa porque o professor é radicalmente diferente da outra professora, afastado do ensino há vários anos (foi professor bibliotecário durante muito tempo), pareceu-me muito menos exigente. Mais dado à parte lúdica. Às artes.
Não tenho nada contra as artes.
Antes pelo contrario.
Mas o português e a matemática parecem-me de grande utilidade.
Mas deve ser sono.
E cansaço.

quinta-feira, setembro 12, 2013

Fashion night in

Folheei a revista Elle de Outubro, o que acreditem, não é um exercício vulgar na minha vida. Especialmente sem ir ao cabeleireiro.
Não é que me aborreça particularmente passar vinte e cinco folhas (sim, cinquenta páginas) de publicidade até encontrar o sumário, até porque normalmente folheio as revistas a partir do fim. O que me aborrece, é descobrir que não posso ir trabalhar vestida num "mix street chic". E ter visto pelo menos três pares de calças de pele matelassé sem ter descoberto a diferença para as calças de pele não matelassé.
Hoje, 12 de Setembro, estou em casa a ler revistas e a escrevinhar no blog.
As duas coisas devem estar de alguma forma relacionadas.

terça-feira, setembro 10, 2013

E finalmente a reentré ou lá como chamam ao fim das férias

Bem, bem, parece que o Verão está quase acabado, as férias já estão naquele tempo das coisas que não voltam, foram boas mas curtas. (Ou talvez estejam à espera que vos diga que voltei mais cansada do que fui, depois de apenas dez dias numa casa com sete crianças, e que neste caso em concreto, as férias nem foram assim tão boas, nem pareceram assim tão curtas?)
As coisas são como são, que vale é que já eram as terceiras férias do ano, depois dos maravilhosos dias a dois no Brasil em Fevereiro e da semana preciosa no outro Algarve em Junho, nem é assim tão dramático estas terem sido apenas bastante razoáveis. Mas Migalhas adoraram, nós conseguimos afogar uma boa parte do cansaço em Gin Mare e Fever Tree, e tudo está bem quando acaba bem.
Depois voltei para enfiar a cabeça no trabalho, os dez primeiros dias de Setembro são de estimativas e orçamentos, números do que já foi e do que ainda está para vir, a sonhar com um qualquer fim de semana que ainda me faça sentir um bocadinho no Verão, e já com o Natal que se avizinha.
O meu ano são saltos entre as épocas que mais gosto, do Natal aos anos de Migalha Crescida é um pulinho, depois a Páscoa vem logo três meses depois, no fim de Maio aniversário de Migalha do Meio, já quase sempre com calor a cheirar a Verão. Depois o Agosto, com as festas dos meus homens a fazerem ponte para as festas da vila que se cola com o descanso nas areias do Algarve. E a seguir, tempo de arrumar, separar, organizar, comprar coisas novas, dar um retoque na casa, e esperar pelo Natal.
E portanto cá estamos, Migalhas em contagem decrescente para o regresso às aulas, eu em contagem decrescente para começar a ver o dinheiro a voar-me do bolso, ele são sapatilhas de ballet, ténis para a educação física, cadernos, mochilas, inscrições da música, da ginástica, do inglês, bibes, refeitórios e tempos livres e todas aquelas coisas que me sabe pela vida não pagar em Agosto.
Ainda estamos em casa da sogra, faremos o nosso regresso definitivo no próximo fim de semana, mais carregados do que chegámos, mas com a maravilhosa sensação de voltar a casa depois de dois meses fora.
E hoje, porque não estou a trabalhar e porque Migalhas ainda se sentem em modo férias, vamos dar umas voltinhas no carrossel e comprar umas rifas e comer uma fartura, nas festas daquela terra que há uns anos ganhou um parque infantil.
E agora deixem-me ir, tanta letra deixou-me cansada pá!


quarta-feira, setembro 04, 2013

Desautomobilizada

Hoje deixei o carro na revisão logo pela manhãzinha, e por um dia, voltei a ser uma pessoa não automobilizada.
Além da horrível sensação de precisar de ir a todo o lado e não poder ir a lado nenhum, pude finalmente perceber a preocupação de certas mulheres com os piropos. Experimentem andar a pé, na beira da estrada de uma zona classificada como algo entre o industrial e o comercial, e vão ver, que a imaginação dos senhores que conduzem camiões é bastante fértil na produção de frases capazes de fazer corar as pedras da calçada.