O maravilhoso header é cortesia da Palmier Encoberto. Quem mais?

quarta-feira, novembro 30, 2016

O que gosto mais no BE

É que não precisa de ajuda para mostrar os valores que não tem.
Aplaude um ditador responsável por milhares de mortos. Recusa aplausos a um chefe de Estado de um país democrático.
Não sei o que tenho mais: se nojo, se medo.

terça-feira, novembro 29, 2016

Ainda coisas de 2016

Podes enganar poucas pessoas por muito tempo, ou podes enganar muitas pessoas por pouco tempo, mas não podes enganar as pessoas todas, o tempo todo.

domingo, novembro 13, 2016

É da minha vista

Ou os maiores defensores da democracia são aqueles que menos respeitam o sentido de voto de quem não concorda com eles?
A democracia é isto mesmo. O voto do americano burro vale o mesmo que o voto da Oprah. Ou do Obama. 
Lá, como cá. 

Agora escolha

Entre a gordura da Helena Coelho e as rugas da Sofia Carvalho.

sexta-feira, novembro 11, 2016

Migalha do Meio

-Tens que levar casaco. Não podes ir só assim.
- Mas eu não tenho frio, não está frio nenhum.
- Está frio sim, levas o casaco e acabou-se.
- Não está frio, não tenho frio, vou à varanda. Olha, estás a ver, está óptimo, não está frio nenhum.
- Está sim, estive a ver na net e só dão 10 graus de mínima.
- Ó mãe, a sério? A sério  que acreditas em tudo o que dizem na Internet?


quarta-feira, setembro 28, 2016

quinta-feira, agosto 04, 2016

E é assim que ganham, mesmo quando estão a perder

Nós bem dizemos que é lá longe, que eles nem sabem onde Portugal fica, bem os tentamos serenar, que não se preocupem, mas a verdade é que a jantar num restaurante, algures neste Algarve selvagem onde nos viemos desterrar, quando lhes pedimos menos barulho numa conversa entusiasmada, me explicam que estavam a pensar onde se escondiam ou para onde fugiam, se ali, naquele momento, houvesse um atentado terrorista.

quarta-feira, agosto 03, 2016

Peixes fora de água

As minhas filhas a torcerem-se e contorcerem-se enroladas a uma toalha para trocarem os fatos de banho numa praia cheia de gente nua.
Havemos de voltar a falar desta coisa do naturismo. Preciso de esclarecimentos de entendidos, praticantes ou simpatizantes. 

sexta-feira, julho 22, 2016

Como é descomplicado o mundo masculino

Hoje levei três rapazes pequenos à praia.
Jogaram à bola.
Deram mergulhos porque suavam e ficavam cheios de areia de jogar à bola.
Assaltaram a geleira porque a bola e a banhoca abrem o apetite que se farta.
Repetiram por esta ordem, uma montanha de vezes.

quarta-feira, julho 20, 2016

Outra história sobre viagens de carro

A caminho do Algarve. Migalha Crescida dorme profundamente com a cabeça encostada ao vidro. Vamos na auto-estrada, a uma velocidade capaz de me tirar pontos daqueles da carta de condução. O Sancho debruça-se de mansinho e abre-lhe o vidro.
Eu queria ralhar e não conseguia, de tanta vontade de rir.

terça-feira, julho 19, 2016

De como a vida doméstica e familiar pode influenciar a percepção que as crianças têm da Natureza

O Sancho a olhar pela janela do carro à vinda do Algarve.
- Mãe, a chegonha não está no ninho.
- Se calhar foi buscar comida...
- Mas quem é que tá a tomai conta do ninho? Se calhai é o pai. Não, peia, o pai deve tar a domi a sesta.

domingo, julho 17, 2016

Da semana passada

Entalada entre as enormes alegrias e profundas tristezas vindas de França, Bruxelas, onde  os ministros das finanças da UE se juntaram para decidir se nos dão três reguadas em cada mão, ou se nos colocam virados para a parede com as respectivas orelhas de burro na cabeça.
Em Portugal, a mana Mortágua mais atrevida, aproveitou para falar de referendar a nossa permanência na UE. Eu nem sou de aderir a grandes movimentos, mas gostava de sugerir que alguém se chegasse à frente numa de organizar uma vaquinha para comprar um bilhete de avião a esta menina. Acho que está a precisar de umas férias em Caracas. Estou em crer que o Nico lhe ofereceria um fato de treino xuxu com as cores da bandeira da Venezuela, para a nossa menina ir comprar dois litros de leite à Colômbia.
Nesta coisa das internetes, descobriu-se que uma senhora loira não tão velhinha assim, alimentava uma página de FB com posts e fotos descaradamente roubadas em diversos blogs. Aqui surripiou uns quatro ou cinco, o que tendo em conta a fraquíssima produção, nos leva para uma taxa de incidência generosa. 
Aquilo era assim uma espécie da best of da blogolandia, pelo que a única coisa que pode justificar a fraquíssima assiduidade de comentadores deleitados e gostos descontrolados, é a insistência da senhora em postar a sua imagem em diferentes poses, lugares, ocasiões, dez vezes ao dia.
Feliz domingo pessoas.

sábado, julho 16, 2016

Temo que nos aumentem os impostos

Para comprar medalhas para as condecorações.
(Campeoes, campeões, nós somos (outra vez) campeões).

segunda-feira, julho 11, 2016

Queridos franceses

Estive todo o dia à espera de uma porra de uns míseros dez minutos para escrever o que me ia na alma.
Para falar da imensa alegria, do enorme orgulho, para dizer que em 120 minutos roguei a santos, lembrei vivos e mortos, disse palavrões, talvez vos tenha chamado filhos de uma égua umas trinta vezes, amei os meus e odiei-vos com a mesma intensidade.
Quando finalmente me sentei, e já me doía o dedo de tanto fazer gostos no Facebook, eis que dou com a notícia de que há uma petição a pedir a repetição da final do Euro...
Meus queridos, queridos, queridos franceses...
Hoje já chorei, já ri, já me arrepiei até à medula. Como eu milhões, milhões de portugueses em todos os Continentes, ouviram bem? Todos os Continentes!
Acham mesmo que queremos saber da vossa merda de petição, esteja ela assinada por um francês, ou por cem mil?
Acham que a vossa opinião de merda nos interessa? Sabem o que desejo neste momento?
Que enfiem essa dor de cotovelo gigante no mesmo sítio que a vossa torre pateticamente iluminada com as vossas cores na noite em que NÓS fomos campeões da Europa.
Exactamente nesse sítio,  onde o sol não brilha. Há falta de luz natural...fica a ideia.

Ridículos, sois ridículos.



sábado, julho 02, 2016

Migalha do Meio

Estamos na praia, eu que depois de uma semana de intenso stress consigo descomprimir, estou na areia, a sentir o sol e o sal no corpo, a ouvir o mar, embalada pelas vozes, longínquas, uma sonolência crescente, e nisto, mesmo junto ao meu ouvido:
- Mãe, as pulgas da areia comem o quê?

sábado, junho 25, 2016

Felicidade das pequenas coisas

Qual  voo das andorinhas em bando, qual onda que se espraia nos pés, mais o sorriso das criancinhas. Qual lata de leite condensado, qual Vale Meão. 
Quem nunca subiu para uma balança para constatar que perdeu 200g, não sabe nada sobre isso da felicidade das pequenas coisas.

terça-feira, junho 21, 2016

Alguém que me diga como é que isto se faz que já estou a desesperar

Vinha aqui perguntar-vos se ainda se lembram de quando vos falei de uns pombos que fizeram ninho na minha varanda, mas depois lembrei-me que vocês são pessoas para já nem saberem o que comeram ao almoço.
Resumo: há uns dois anos descobri um ninho de pombos com dois ovos na minha varanda, mesmo debaixo do aparelho do ar condicionado. Isto se pudermos chamar àquela poia onde as gajas chocam os ovos, um ninho. Em frente. Não fosse eu, mais do que um coração mole, uma ignorante nestas merdas, e tinha logo ali mandado com os ovos para casa do pai mais velho. Mas não. Dos ovos nasceram dois trambolhinhos de penugem amarela, a minha varanda transformou-se num chiqueiro de primeira, e eu, estúpida, burra como as pedras da calçada, em vez de torcer o pipo aos pombos, lá os deixei ficar, jurando que mal aprendessem a voar, limpava aquilo, mandava com o "ninho" para o caixote, e ala daqui para fora.
E assim fiz.
Só que o caralho dos pombos voltam sempre. E tem sido o desespero. Cada vez são mais, ocupam mais espaço, sujam mais, quando os oiço a arrulhar tenho vontade de lhes arrancar as penas com uma pinça.
Até que o limite foi atingido na semana passada, quando a minha Célia foi tentar limpar a varanda, e ao tentar afugentá-los, os cabrões se viraram a ela qual filme de Hitchcock, que a mulher só teve tempo de se enfiar dentro de casa.
E portanto, atingido que está o limiar da minha paciência para estes ratos voadores, estou decidida a correr com eles daqui, seja de que maneira for.
Comecei por comprar um repelente. Hoje. Um liquido com um cheiro que eles supostamente abominam. E lavei a varanda, e esfreguei, e despejei o frasco do repelente em todo o lado, abusando no canto onde os gajos dormem, fazem filhos e chocam ovos. Mal virei costas já lá estavam outra vez. Filhos da mãe.
Após pesquisa na internet, vi que há muita mariquice como supostas soluções, desde aquelas amorosas de controlo da população, até às barreiras físicas, aos CD's que reflectem o sol, aos espantalhos, máquinas de ultrassons, e o diabo a sete. O que significa que teria que transformar a minha varanda numa espécie de feira popular. Mas é que nem pensar.
Hoje quando cheguei, já noite, enchi um regador de água e despejei-lhes uns três litros em cima, que os gajos estão tão na boa que nem se mexem quando abro a janela. Estavam a dormir, os lordes. Depois despejei aí meio quilo de canela e pimenta moída, que li na net que os gajos odeiam. Neste momento, a minha varanda está coberta de especiarias. E a roupa estendida dentro de casa, com um tempo destes para secar, onde já se viu?
Por hoje ainda estou nos métodos fofinhos, do género "vão lá à vossa vida que não tem que correr mal para o vosso lado", mas que me perdoem os senhores do PAN, mais as velhas que andam de saquinho de milho na mão, que se isto continua, vão rolar químicos naquela varanda, e não são só os de cheirinho.
Li algures num desses sites de controlo de pragas, que os pombos são animais muito inteligentes. Foda-se. Mais inteligentes que eu não são de certeza.

quinta-feira, junho 16, 2016

segunda-feira, junho 13, 2016

Cá estamos nós outra vez

O homem abalou para França com os amigos, diz que iam ao Euro 2016. Acho porreiro esta coisa de ir torcer pela selecção aos quatro cantos do mundo.
Bonito, até.
Não obstante terem marcado tudo com tanta ou tão pouca antecedência, não fosse aquela merda esgotar e ficarem com o rabo em casa, que calharam alojados numa cidade em que, imagine-se, não joga Portugal. Parece que vão atravessar França inteira para ver um jogo.
Como disse, é bonito.
O que não acho assim tão bonito, é a falta de fé que demonstram ter na equipa, onde já se viu irem a correr na primeira semana. Ainda os hei-de ver confiantes, a marcarem tudo para a data e cidade de uns quartos de final, ou mesmo de uma meia-final. Isso sim, era tê-los no sítio.
E portanto cá estamos nós outra vez.
Quase, quase a fazer as malinhas para levar Migalhas a banhos uns dias, que isto para ser justo, ou comem todos ou não come nenhum. Não vamos para o Sul de França, mas vamos para o Sul de Portugal. São poucos dias, mas são muito merecidos e suadinhos. Migalhas tiveram grandes notas nos testes, e eu, tenho a certeza que se fizessem testes lá naquilo onde trabalho, pertenceria ao quadro de honra. Infelizmente não consigo que tamanho brio se traduza em notas de 500 euros.
Como dizia uma grande amiga: tenho alma de rica presa em corpo de pobre.~
Agora preciso muito que me voltem a falar daqueles estudos que dizem que beber um copo de vinho antes de dormir, emagrece. É que estou aqui alapada a uma garrafa de Aneto, e o gajo não há maneira de descolar.







domingo, junho 12, 2016

Diz que disse

Hoje soube de uma coisa que disseram sobre mim, e que como é óbvio, não era suposto saber.
Depois de ter hiperventilado, e de ter passado pelas sete cores do arco-íris durante uma hora, dou por mim a pensar se já teria dito alguma coisa sobre aquela pessoa, que não quereria que ela soubesse. E já.
E dou por mim a imaginar o que não seria este mundo, se tudo o que dizemos pelas costas confiantes que nem em sonhos os visados o saberão, lhes chegasse aos ouvidos. Desde o mais pequeno desabafo, até à mais elaborada intriga.
Podem começar a imaginar como seria na vossa família.

terça-feira, junho 07, 2016

Ah Ah Ah Ah Ah Ah Ah Ah Ah Ah Ah Ah Ah Ah Ah Ah Ah Ah

O meu vizinho, que é um velhote encantador, amoroso, educadíssimo, sempre com o seu blazer e chapéu, cruzou-se comigo no elevador e disse qualquer coisa assim:
- Os seus meninos são muito bem educados. Não se ouvem. Os que estavam cá antes, eram um horror.
- Errr...não ouve a gritaria?
- Nada, nada. São uma maravilha.

Ah Ah Ah Ah Ah Ah Ah Ah Ah Ah Ah Ah Ah Ah

Oh pá! Estou a rir-me até agora.



segunda-feira, junho 06, 2016

Uma receita para ajudar a desatexugar

Cozer brócolos com 1 dente alho e algumas folhas de hortelã. Assar uma batata doce, sem temperos.
Escorrer os brócolos, mais as folhas de hortelã, e o dente de alho (não esqueçam o dente de alho). Um fio de azeite. Fiozinho, ouviram? Colocar tudo na Bimby, juntamente com um punhado de amendoins (não abusem suas gordas). Sal a gosto. Bimby no máximo o tempo que quiserem até obterem um puré.
Tenho a certeza que com a varinha mágica também dá. Mas já não me lembro como se usa.

domingo, junho 05, 2016

Provas de Aferição

A minha filha só tem oito anos, e eu gostava de lhe dizer que ganhar ou perder não interessa, que o importante é participar. 
Gostava que não estivesse preocupada com o número do Cartão do Cidadão, ou com medo que a tinta da caneta se acabe a meio...
A minha filha tem oito anos, e na última semana de aulas, em vez de estar a ensaiar cantorias para a festa de final de ano, está preocupada com uma porra de umas provas que nem para nota contam. 
Pelo menos para as dela.

quinta-feira, junho 02, 2016

Dez minutos

Dez minutos. Dez minutos daqueles exercícios que gajas boas mostram no YouTube para as gordas preguiçosas como eu, fazerem em casa. Dez minutos, foi tudo o que precisei para ficar com as pernas a tremer e para parecer uma entrevadinha descoordenada a descer cinco degraus de uma escada.
Como há quem faça esta merda por gosto? Como?

sexta-feira, maio 27, 2016

Ao cuidado de Carla, a empregada doméstica

'Miga, já saíste ou ainda tazaí agarrada à discoteca?
Olha, preciso um favor que me fassas.
Tenho andado à rasca das alargias, é o nariz a correr àgua, ojolhos a chorar, a pele cada vez mais trópica, bom, mal mas mal.
Logo cedo fui à framácia, e acomprei aquele sprei novo que dão na televisão e mais outros comprimidos muito bons, que não se me alembra o nome, acho que é xizato. Pelo menos não tenho o Tejo a correr a par do Douro pelas narinas abaixo, mas ainda tou um bocado mal.
A Filipa diz que tem uns ramédios muito bons, mas sabes como é a gaja, enxartada em corno da cabra, queria mundos e fundos para dizer-me o nome.
Atão é assim. Será que não vais aí onde ela guarda os ramédios em casa, e como quem está a puxar o lustro aos benurons, sacazios e mandasmos?
Pode ser?
Adoro-te miga.

Desesperadinha com esta cena dos pólens

São oito e meia e já virei um pacote de lenços de papel.

quarta-feira, maio 18, 2016

Sabem o que me irrita mesmo na blogosfera?

Esta cena de abrir às nove.
Não dá para alguém assegurar a emissão a partir das sete?

A minha mala (ou deverei dizer carteira)?

As chaves de casa. E do carro. E de casa dos meus pais. A carteira (ou deverei dizer porta-moedas)? Uma pequena bolsa com medicamentos. A bomba da asma. Gotas para o nariz. 3 pequenos blocos de apontamentos (adoro caderninhos e bloquinhos). Um livro. Uma caneta. Creme para as mãos. Óculos de sol. Óculos para ver ao perto. Telemóvel. Cartão de identificação da empresa. Um terço que era da minha avó.
De vez em quando: lenços papel, novos ou semi-ranhosos (quem é a mãe que não se faz acompanhar de uns lencinhos usados?), cromos da bola, abatoons, brindes do McDonalds, elásticos para cabelo, garrafas de água e bolachas (com respectivas migalhas no fundo da mala). Quem nunca esvaziou a mala para sacudir as migalhas, que atire a primeira pedra.



domingo, maio 15, 2016

São 17h28m e estou aqui no jardim e há montes de homens

Hipotese A: não gostam de futebol
Hipotese B: foram obrigados pelas mulheres a vir apanhar solinho, ai que está tão bom.
Hipotese C: são sportinguistas sem esperança...

segunda-feira, maio 09, 2016

Coffee Station

Foi o que o senhor lá daquela coisa dos recursos humanos chamou à mesa com uma máquina de café.

quinta-feira, maio 05, 2016

Só há uma coisa que me impressiona nos Reality Shows da TVI

É chamarem "Gala" ao desfile de putedo com a mama e o rabo maiores que os vestidos, que organizam aos domingos à noite.

sexta-feira, abril 29, 2016

Queridas pessoas

Preciso que venham aqui debitar aqueles estudos que dizem que o vinho emagrece.
Urgente.

quinta-feira, abril 28, 2016

Não queria ir fazer ó-ó sem dar uma palavrinha aos taxistas

Amanhã, por vossa causa, vou acordar mais cedo.
Cada vez estou mais longe de sentar o rabo num táxi outra vez.
Largai as manifestações e ide ver se o pessoal da Uber tem tempo para vos dispensar uma formação de cordialidade, civismo, e boa educação.
Ao taxista que no outro dia me transportou mais aos três miúdos, e que resolveu vir todo o caminho a fumar charuto, só tenho a dizer que foi nesse dia que instalei a app da Uber.
Ah e tal, há excepções. Haverá, mas não tenho tido a sorte de me cruzar com elas.

quarta-feira, abril 27, 2016

Consulta à blogo população

Estou a pensar mudar o poiso das ferias este ano.
Digam-me, pessoas cultas e infirmadas e vividas e viajadas.
Manta Rota em Agosto é de bradar aos céus ou há lugar para estender a toalha?

domingo, abril 24, 2016

Que belo dia!

O céu é azul, o sol brilha, os passarinhos cantam, tudo é maravilhoso, o mundo é maravilhoso, as pessoas são lindas, e eu consegui vestir umas calças 38 novas, que nas 38 que tinha cá em casa todas esticadinhas e fartinhas de cederem aqui à pressão do rabo gordo, mesmo em sofrimento, já cabia.

sexta-feira, abril 22, 2016

Já não gosto mais de ti

No último ano, aprendi a gerir melhor a relação emocional com a empresa onde estou há uma dezena e meia de anos. Basicamente, tirei a parte do emocional, e passei a encarar o meu emprego como o sítio onde faço o meu melhor,  e em troca recebo dinheiro. 
Para dizer a verdade, o trabalho é um meio para atingir um fim, e não sendo herdada nem tendo casado rica (com muita, mas mesmo muita, pena minha), resta-me como única forma de o atingir- ao fim. 
Em minha defesa, posso dizer que não fui eu quem começou este fim de namoro. Tempos houve em que achei que poderíamos ter uma relação especial, eu e a empresa. Era um daqueles amores que funcionavam, porque eram recíprocos. 
Depois aconteceram coisas. Muitas coisas aconteceram a muitas pessoas. E não aconteceram a umas pessoas quaisquer. Aconteceram a pessoas que também viviam a alegria de uma relação que julgavam plena, que se julgavam especiais, que pela sua enorme dedicação esperavam um tratamento diferenciado, preferencial. Aconteceram coisas a pessoas que abdicaram de demasiado na sua vida pelo emprego, a troco de palmadinhas nas costas.
Eu sempre acreditei que jamais um empregador no seu perfeito juízo quereria dispensar um bom trabalhador. Sempre acreditei que as leis de protecção ao emprego serviam apenas para os faltosos, os preguiçosos, os colaboradores que qualquer patrão, do mais pequeno ao maior, quereria ver pelas costas. 
Ao longo destes anos, não foram poucas as vezes que tive que despedir pessoas. Porque os contratos acabavam, porque os estágios eram miseráveis, porque faltavam, porque roubavam...Sempre o fiz na certeza que estava a fazer o que tinha que ser feito. Não me pagavam para fazer caridade com o dinheiro da empresa, e aquilo não é a Santa Casa da Misericórdia. Sempre, sempre pessoas que não valiam um tostão furado quanto mais um ordenado. 
Mas nunca  tive que despedir um bom trabalhador. Porque os bons, já se sabe, ninguém se quer ver livre deles. 
Até agora.
Ora eu, que tenho este problema de ver nas costas dos outros as minhas, juntei dois mais dois, e decidi que se um dia me vier a acontecer esta coisa de deixar de ter as competências adequadas para o perfil, já me terei  desapaixonado há muito. Poderei lamentar a perda de benefícios, até do emprego, mas nunca terei a lamentar um coração partido. 

quinta-feira, abril 21, 2016

quarta-feira, abril 20, 2016

Na Igreja

Cada vez tenho mais a certeza que sou propensa à desilusão.
Que mesmo as situações e as pessoas aparentemente sem mácula, tendem a desencantar-me. E não, não estou a falar no sentido amoroso do termo.
Nos últimos dias, tive a prova desta minha tendência para o desânimo com as pessoas.
Senão vejam: comecei a viver a Igreja tarde.  Talvez por ser tarde,  foi por minha tão livre e espontânea vontade, que encaro o tempo que passei a dedicar à religião como um pequeno luxo que decidi que tinha que oferecer a mim própria, não cabendo na minha cabeça de hoje, um viver de fé atravancado no conceito do não-praticante.
Sempre soube que nada do que me rodeava ali, nesse viver a Igreja, era um mar de rosas. Sempre vi muito conflito latente, desde os lugares reservados na igreja para os meninos na catequese, até às músicas que o coro escolhia para a missa de domingo. Tudo servia para burburinho e para comunhões cheias mais de raiva que de amor. Tive a certeza que não seria impressão minha que estaria perante almas quezilentas, quando por altura do 8 de Dezembro, me ofereci para ajudar a preparar a igreja.
A competição era feroz. Colocar as flores nos jarrões frente ao altar, e perante a imagem de Nossa Senhora, era a tarefa mais disputada, reservada apenas a quem muito reza e se dedica. Às convertidas tardiamente, como eu, que nem uma Salvé Rainha sabem rezar, estava reservado o direito de encher baldes de água, e enxugar chão a esfregona. E se, mas e só se, nos achassem algum mérito e fervor suficiente, poderíamos opinar sobre a beleza dos antúrios, das margaridas e das verduras, que sábia e cuidadosamente iam colocando em arranjos. Mais para a esquerda, esse ramo mais para baixo, talvez menos um bocadinho, isso, assim, está bom.
No último domingo, o verniz estalou de vez. À falta da única voz, digna desse nome, no coro, pegaram-se mães e catequistas pelo lugar em frente ao microfone. Indiferentes à presença das crianças, e Deus sabe como para mim é importante o exemplo que damos às crianças, lá se foram travando de razões, qual delas a menos digna do local.
E a cada troca menos simpática de argumentos sobre quem teria mais ou menos direitos sobre o microfone, o meu encanto quebrava-se, a minha tolerância descia, tornava-me surda às palavras e só escutava as caras crispadas. Pessoas que até ia estimava, fizeram-se em cacos.
E foi então, com a certeza que não teria nada mais a perder que não tivesse já perdido, que não haveria cola capaz de remediar tantos cacos, que disse alto e bom som, carregada da mais pura ironia: "Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo".
Não sei se me posso voltar a sentar nos cinco primeiros bancos.

Do que podia ter sido

Queria ter sido médica. Saber das coisas da química do corpo, de glândulas e hormonas, dos fluxos e refluxos, de orgãos que batem, de veias e artérias que pulsam, de células e nervos, das articulações que dobram, dos músculos que doem. Queria saber da harmonia das sinapses, das tensões que se equilibram, dos olhos que piscam e de todos os movimentos voluntários e involuntários. Queria ter uma bata branca e um estetoscópio ao pescoço, ser quem se levanta quando perguntam: há algum médico na sala.
Queria ter sido cantora. Viajar entre as notas altas e baixas, com a afinação perfeita, o vibrar certo nas cordas, a cabeça pendente num murmúrio para logo se levantar num grito, o som dos aplausos a ecoar, a apoteose, o delírio, o gáudio.
Queria ter sido escritora. Saber os muitos nomes das palavras, e os muitos significados dos nomes, escrever tão veloz como os pensamentos mais tristes, em noites de dolorosa solidão, voar para longe, para no longe me encontrar, e voltar a caminhar em folhas já ditas. Queria estar em livro numa estante, à distância de um dedilhar indeciso que ao toque se decidiria. Queria ter a arte, o dom, e a capa certa.
Queria ter sido eu.

terça-feira, abril 19, 2016

Também leio, ou pensavam o contrário?

Eu também ia comprar lá aquilo da Clara Ferreira Alves, que uma pessoa faz de tudo para ser cá da malta, mas depois vi isto, e constatei que nunca li nada deste senhor...
O Pai Nosso vai ter que ficar não para segundo, nem para terceiro, mas para quarto, que aqui este menino é o primeiro de uma trilogia.




domingo, abril 17, 2016

Confissão

O meu nome é Xaxia, tenho três filhos, e nunca li um livro sobre parentalidade. Mas estou tranquila, porque a minha mãe também não.

(Mas tenho o Brazelton, que prudência nunca fez mal a ninguém).

16-04-2016

Dia 0 de uma peregrinação.

sábado, abril 16, 2016

Praça Hugo Chávez

Passo lá amiúde. Vi junto a uma placa aquilo que julguei ser uma coroa de flores.
Pensei cá para mim, quem teria sido o desgraçado que se finara ali, que aquilo nem espaço dá para acelerar, decidindo que está entre o macabro e o tétrico,  isto de largar flores no lugar dos acidentes.
Passado dois dias, vejo uma equipa de reportagem da CMTV ali mesmo do outro lado da estrada, em frente à placa, e às flores. Ena pá, que aqui deve ter desencarnado alguém conhecido, caraças - pensei.
E é quando olho com atenção, que me apercebo que a placa onde se encostam as flores é nova, e estou nem mais nem menos que, perante a Praça Hugo Chávez.
Bom, diga-se em abono da verdade, que aquilo não é bem, bem, uma praça. Não se pensarmos na Praça de Espanha, ou na Praça de Londres, ou no Marquês de Pombal.  Aquilo é uma rotunda, ali entalada entre um bairro manhoso de Alfragide, e o parque de estacionamento dos funcionários do Ikea.
E concluo que quem se insurge contra isto, talvez não esteja a ver o mesmo que eu. Que certamente não seria este tipo de homenagem que um homem como Hugo Chávez esperaria dos seus irmãos portugueses, não depois de nos ter comprado tantos Magalhães.
Não se faz.



A imagem foi retirada do site da Rádio Renascença, se não me falha a memória...

quarta-feira, abril 13, 2016

E dizia-me sempre...

Esta rapariga é levada da breca.

Preciso de perder tempo

Ontem fui ao IKEA comprar uma cómoda.
Para poupar tempo, vi na net onde apanhava as caixas, e fui direita ao armazém. Alanquei com as caixas até ao parque de estacionamento, onde ofereci a quem passava um espectaculo verdadeiramente deplorável,  (uma das caixas pesava 34kg e não dava jeito nenhum), mas não o suficiente para alguém me perguntar se precisava de ajuda. Tuuuuudo bem, eu sou grande pró a carregar caixas do IKEA para casa.
Mal cheguei com as caixas, comecei a montar a cómoda. O tempo não era muito, tinha 3 horas até precisar sair para ir buscar as crianças.
Não correu mal. Já sei umas quantas coisas básicas sobre montagem de móveis do IKEA, um saber de experiência feito, e com isso evito dissabores e... perdas de tempo. 
Quando chegou à parte das gavetas, faltava uma hora para sair de casa. Primeira gaveta, 13 minutos. A 13 minutos de tempo médio cada, não ia conseguir terminar antes de sair. A segunda demorou menos, e a terceira menos ainda, e quando dei por mim estava a cronometrar o que estava a fazer, terminando a última gaveta com um tempo inferior a nove minutos. 
A montagem desta cómoda espelha melhor que nada, aquilo em que torno os meus dias. Sou cada vez mais eficaz, mais eficiente. Consigo fazer cada vez mais coisas em menos tempo. Malta do Kaizen, vinde à minha vida aprender como se faz. 
Estarão vocês aí a pensar, que com tamanha eficência em todos os processos que me envolvem, ganho muito tempo.
E perguntam, curiosos, e então Xaxia, em que aplicas o tempo que ganhas?
Pois. A fazer mais coisas. E isto começa a ser um problema, (e não, não estou armada em pessoa que quando lhe perguntam qual o seu maior defeito, responde que é ser boa demais). Não. Isto é mesmo um problema.
Eu sei que enquanto a máquina tira um café, tenho tempo para colocar as fatias de pão na torradeira e uma caneca de leite no microondas. Da mesma forma que sei, que desde que ligo a torradeira e até que as torradas saltam, só tenho tempo de duas viagens para levar as três canecas de leite para a sala, isto se não quiser comprometer irremediavelmente o barrar fácil da manteiga e umas torradas perfeitas. 
Entre Migalhas chamarem o elevador, e ele chegar, consigo por as sombras e a máscara de pestanas (ia dizer rímel, mas ainda vinha aí a polícia da cosmética). Enquanto a água do banho aquece, dá para fazer duas sandes.
Se colocar um peixe no forno e for apanhar Migalha ao treino, quando chegar está no ponto. Se apanhar trânsito lixo o peixe. Não sei bem se estão a ver a pressão que é esta merda. No carro, no trânsito, o peixe no forno a secar. 
E por aí fora.
Levanto-me com despertador sete dias por semana. Estou cansada. Mas não consigo parar. Estou a tornar-me a minha maior inimiga, e esta merda é mais forte que eu. Consigo calcular com uma precisão que até a mim impressiona, quanto demora cada tarefa, cada trajecto, até consigo calcular tudo certinho já a contar com os atrasos dos outros...
Mas não estou a ficar maluquinha. É que é isto, ou baixar os braços e admitir que de vez em quando vão faltar a alguma coisa, ou chegar atrasadas (de vez em quando ninguém morre), vão com a mesma roupa de ontem, sei lá. Devia borrifar-me um bocado. Mas não consigo.

terça-feira, abril 12, 2016

Ultrapassa a minha cãopreensão

Bom...nem sei bem por onde começar...
Cá vai.
Acabo de ver no telejornal, que existe uma creche para cães. Uma creche. Com recreio, almoço e hora do ó-ó. E fila de espera para conseguir uma vaga.
E mesmo sabendo que vou ofender um monte de gente, não consigo evitar dizer que as pessoas estão a ficar cada vez mais tontas. Chalupas. Chonés. Que estão a perder a noção do ridículo. Ou que estão a perder a noção de uma forma geral.
E antes que me venham apregoar o imenso amor aos animais, e os direitos, e que são como se fossem filhos e o camandro, acrescento que a creche só aceita cães castrados e cadelas esterilizadas. Que me dizem desta pratica corrente e cada vez mais difundida as mamãs e papás de cãezinhos e gatinhos que acham normal colocar os fofinhos numa creche?
Estou aberta a argumentos que me façam mudar de ideias, desde que sejam na óptica das vantagens para os donos.

segunda-feira, abril 11, 2016

Sabem o que gosto mais mais no IKEA?

Ter sempre tantas coisas que eu não sabia que precisava.

É por estas e por outras que uma pessoa não é Premium

Na minha casa passavam-se as manhãs de domingo a ouvir Paul Simon e Art Garfunkel. E Beatles..."tell me that you want the kind of thing, that money just can't buy"...
O meu pai perguntava a cada mudança de faixa:
- "E desta, não gostas?"
Eu fazia o meu melhor ar de pré-adolescente enjoada, revirava os olhos, encolhia os ombros, dizia que não, mas a verdade é que gostava, e muito, e sabia aquilo tudo de cor e salteado.
Também se ouvia Trovante, e Zeca Afonso. E Neil Diamond, e Vangelis. E Piaf (já quase me esquecia dos franceses).
Houve uma altura realmente difícil, quando a minha mãe insistia em obrigar-nos a ouvir Nuno da Câmara Pereira, sofrimento que vinguei anos mais tarde, ouvindo (e cantando) "O Restolho" e o "Porto Sentido". Vezes infinitas. Infinitos vezes infinitos.
Na minha casa não se ouvia Música Clássica. O meu contacto com a Música Clássica começou e praticamente se encerrou, com o "Brincando aos Clássicos" da Ana Faria. Este fenómeno deixou-me marcas para sempre, senão vejam, não consigo ouvir uns acordes da Valsa Brilhante sem cantar "A Rita, é catita, só irrita a almoçar, oh Rita, para seres bonita, não chores sem parar". E por aí fora, não sei se estão a ver a ideia.
Em minha defesa, posso apenas dizer que nunca gostei dos OndaChoc, nem dos Ministars, nem mesmo quando o máximo da popularidade era ter um amigo que era amigo de "um dos" OndaChoc. Ou ser um dos próprios.
Na minha casa não se ouve música. Os meus filhos estão demasiado ocupados com a televisão. Às vezes acho que os devia obrigar a ouvir qualquer coisa. Tal como o meu pai me privava do Vasco Granja, eu devia privá-los do Disney Channel, do Nickelodeon, do Panda e do Panda Biggs, devia por os CD's de "Os Miseráveis" a tocar todos os domingos de manhã, mesmo que me revirassem os olhos e se enfiassem no quarto de porta fechada.
Assim, corro riscos de a memória musical deles estar limitada ao Agir e às músicas da Comercial.
Só a ideia já me assusta...


Transição literária mais abrupta de sempre

De Philip Roth para Isabel Stilwell.
É como recuar 600 anos. Literalmente.

quinta-feira, abril 07, 2016

"An apple a day, keeps the doctor away"

Ouviram, minha gente?
Não são sementes de chia, nem 5 bagas de goji, nem pão de espelta, nem bebida de aveia, nem cranberries desidratadas, nem sumo de espinafres, nem óleo de côco, nem milho painço, nem papas de aveia.
Uma maçã, pessoas.  Uma maçã é tudo o que precisam.

Sopa de abóbora e gengibre (única receita em que há ingredientes que se medem em unidades de comprimento)

1 pedaço de abóbora (daqueles quartos que não são bem quartos. São uns bocados. Pedaços, pronto)
1 courgette (com casca, bem lavadinha)
1 batata doce (grande)
1 cebola
1 pedaço de gengibre fresco (uns 4 cm, estão a ver?)
Sal a gosto
1 Bimby na velocidade 1, a 100 graus, durante 25 minutos.
Para finalizar:
1 Bimby na velocidade 10, durante dois minutos

Se gostarem de paneleirices podem sempre enfeitar com um raminho de hortelã.

quarta-feira, abril 06, 2016

Quisesse eu...

Mostrar-vos a minha pilha de panquecas de domingo, dar-vos a minha receita de sopa de abóbora e gengibre, ou falar-vos do Bistro 100 maneiras.
Quisesse eu que soubessem do poema que coloquei na lancheira de Migalha Crescida no dia do seu aniversário, ou do lanche super piroso (balões em forma de coração, morangos com chocolate) que fizemos no dia de S. Valentim para festejar esta coisa que é o amor pela família em família, ou do vestido que comprei a pouco mais de doze horas do casamento a que se destinava, e de como havia outro igual no mesmo casamento.
Escolhesse eu dizer-vos da mãe, da sogra, da tia, da avó de 92 anos que não visito, das amigas, dos colegas do emprego, do chefe, do outro chefe, do trabalho em dias e horas de descanso, dos casamentos que tive, dos que vou ter, e dos divórcios.
Desabafasse eu da minha asma, da pele hiperatópica de uma Migalha, do sopro no coração dos três, das vacinas dos 5 e dos 10 anos que ainda não os levei a tomar, dos incontáveis virus do meu PC.
Se estivesse para aí virada, podia dizer-vos do meu cabeleireiro, e de como descobri que é careiro, da costureira, da moça das unhas, da minha Célia, e dos pombos que não me largam a varanda.
Pensando bem, isto tudo muito bem exploradinho vale uns trinta posts, coisa para manter isto vivo mais uns dois meses.
Sou capaz de começar pela receita da sopa.

Também sou permeável à publicidade da Mais Doce

Não, não foram botins pele cobra cascavel, nem as sandálias Cassupá, tão pouco aquele top basket style ou um dos 23 pares de ténis Adidas.
Não foi Pedro, o PT, nem as sessões de VelaShape III (bem precisava dos dois), nem os amoroooooosos pratinhos Patrulha Pata, cutxi, cutxi.
Não foram iogurtes, nem maquilhagem, nem joias, nem sabonetes líquidos, sólidos, viscosos ou gasosos.
O que eu nem sabia que existia, mesmo estando assim em tamanho autocarro da Carris por toda a Lisboa, e vi primeira vez no blog da Mais Doce, e fui a correr comprar, (quando é grátis diz-se comprar?), foi a aplicação da EMEL.
E digo-vos, que assim de repente, a empresa que mais odeio ao cimo da terra, pareceu-me quase tolerável. Acabei com a cena "não tenho moedas", ou "só tenho moedas 2€ e são só dez minutos", ou pior, "vou ali já venho que são só dez minutos, toma lá uma fita amarela e uma cena na roda e passa para cá 96€".
Por isso, e digo-vos isto mesmo de coração, a par da app do BPI, e da Uber, a da EMEL mudou-me a vidinha para melhor.


terça-feira, abril 05, 2016

Começa cedo, começa

- Mãe, vou dizer-te a coisa mais sincera que já disse na minha vida.
- Então, filha, diz lá...(a mãe é a maior, a mãe é a mais linda, eu adoro a mãe)
- Eu quero emagrecer. Mas quero continuar a comer doces.

Digam lá que não somos o sonho da indústria farmacêutica?

segunda-feira, abril 04, 2016

Fartinha ("estou farta" está muito visto)

De quem se queixa que a Primavera nunca mais chega, todos os anos a mesma conversa. Minhas queridas, devem pensar que o ditado "em Abril, águas mil" surgiu com a malta toda estiraçada a apanhar banhos de sol na praia. Vão mas é arranjar esses pézinhos, que isto são mais meia dúzia de dias até poderem mostrar ao mundo os calinhos do Inverno.
Também estou fartinha de estar numa espécie de movimento de engordanço contínuo e crescente, isto em imagens era um daqueles gráficos de crescimento exponencial com a linha a ir lá para o céu, que nem se vê o fim. Sério que tinha intenções de voltar àquela espécie de corrida/caminhada que costumo fazer, vocês sabem lá o efeito que tem um bocadinho de exercício, por pequeno que seja, num rabo que não se mexe para nada. E era hoje que ia começar, até já comprei a nova Depuralina (marca a que sou mais fiel que ao leite Mimosa) mas está a chover comó caraças, isto nada me ajuda, parece que é uma espécie de conspiração divina para que a celulite se torne incrustada, ou pior!, que as minhas veias e artérias fiquem bem entupidas, que isto começou com as rabanadas e foi assim uma coisa tipo espiral de açucar de onde não se consegue sair, que terminou num mar de amendoas e ovos de chocolate. 
E pronto, gordinha e cheia de mantas, resta-me aguardar para saber quem serão os portugueses lá daquilo dos Panama Papers. Nos próximos dias (eles prometem meses, mas já se sabe que a coisa vai perder o interesse ao fim de duas semanas),  já temos com que nos entreter e chocar, mais do que com a deportação dos refugiados, do que com as ameças do Daesh a Portugal, com a Maria Luís Albuquerque na Vice-Presidência do PSD. Se eu fosse daquelas pessoas que acreditam  e elaboram grandes teorias da conspiração, era capaz de estar aqui a tentar aventar do que nos quererão distrair os jornalistas ou quem lhes põe a malga da água à frente, para nos virem agora entreter com estes...papers.

Panama Papers

Quem é que no seu juízo perfeito confia numa empresa chamada Mossack Fonseca?

quinta-feira, março 31, 2016

Sabem o que é que era mesmo bom?

Alguém que explicasse ao mundo em geral, e a pessoas que discursam em particular, a diferença entre adesão e aderência.
É que eu não tenho tempo.

quinta-feira, março 24, 2016

Jantar fora

Na mesa ao lado da nossa, uma mulher pediu um homem em namoro. E ele disse que não. Delicadamente disse que não. Talvez outro dia. Que teriam de conversar.  E ela chorou. E insistiu. E voltou a insistir. E disse que não queria chorar. E chorou. E insistiu mais um bocadinho.
E ninguém explicou à mulher que quando se está apaixonado não se precisa ver outro dia, nem conversar nada.
Tive pena do rapaz.

quarta-feira, março 16, 2016

Post do Dia da Mulher (como já foi há que tempos??)

Durante muito tempo,  pensei que todos os problemas das mulheres (exceptuando talvez a TPM, vá), começavam e terminavam nos homens.
Mas depois veio o Facebook e o Dia da Mulher. E aquele monte de bonecos que postamos orgulhosas, e que invariavelmente mostram super mulheres ao centro, rodeadas por um computador (somos super profissionais), crianças, de preferencia a fazerem uma birra agarradas às nossas pernas  (somos super mães), um aspirador/vassoura/lava-loiças (somos fadas do lar- se estivermos a aspirar ou varrer ou lavar a loica com uma das crianças birrentas ao colo, melhor), batons ou um par de sapatos salto agulha (além de tudo somos suuper giras e sexys e temos a cútis viçosa e o rabo rijo). Basicamente, depois da mulher de carreira, mãezorra e fada do lar se sentar finalmente no sofá, baixa em nós a super amante.
E somos nós que postamos, e fazemos muitos likes umas nas outras,  convencidérrimas que os homens vão ver aquilo e vão ficar siderados com as nossas imensas capacidades, vão fazer vénias à nossa passagem, vão olhar-nos com ainda mais respeito e admiração, eles que coitadinhos só conseguem fazer uma coisa de cada vez, excepção apenas para quando estão a ouvir o relato na rádio e a ver o jogo na televisão. Ao mesmo tempo!!
E concluo, que o problema das mulheres não são os homens. O problema das mulheres, são as próprias mulheres, orgulhosas por serem como as impressoras: multifunções.
E enquanto as sogras olharem as noras de lado porque não serviram o marido (coitadinho), enquanto as mães continuarem a pedir mais favores domésticos às filhas do que aos filhos, enquanto alimentarmos esta ideia que somos super mulheres com muito gosto, e colocarmos merdinhas destas no Facebook, vamos continuar a ser o nosso próprio problema.
Os homens agradecem.

sexta-feira, março 11, 2016

Está aí alguém?

Olá pessoas, olá, cá vou andando, com a Graça de Deus, a ver o tempo a passar, cabrão do tempo que não pára, para a semana já é Primavera outra vez, daqui a quinze dias horário de Verão, tudo coisas óptimas não fosse dar-se o caso de ainda ontem ter entrado o Inverno, ou pelo menos parece que foi ontem, bem diziam que o tempo passava cada vez mais depressa com a idade, mas eu não acreditava. Ainda há dois dias estava a torcer-me toda para Migalha Crescida nascer, e já me fez dez anos. E páro, e pergunto-me, como raio é que já tenho uma filha de dez anos, eu sou só uma gaiata, nem sei tomar conta de mim quanto mais dos outros, e da casa, da roupa, da comida, da empregada, do trabalho, quem é que no seu juízo perfeito dá taaaanta responsabilidade a alguém tão irresponsável.
E Migalhas crescem, e crescem, e aprendem, e fazem testes. Migalha Crescida já sabe que de Espanha nem bom vento nem bom casamento, sempre que uma portuguesa se encantou por espanhois, deu merda, já sabe o que foi a ditadura, e o 25 de Abril. Também sabe o que se festeja a 1 de Dezembro. E o que aconteceu em 1143, e em 1385. Já sabe o que é o mínimo denominador comum, mas raramente o usa, faz tudo de cabeça, esta miúda tem uma cabeça que não sei se vos diga se vos conto. Lê todos os dias, antes de adormecer. Bonita e inteligente, auguro-lhe um futuro risonho, assim Deus Nosso Senhor permita que tenha juízo e sorte, e eu a enorme capacidade para lhe ir dizendo que não. Migalha do Meio quer ser cantora. Apesar de continuar a sofrer de apetite agudo, já não quer ser cozinheira, a última coisa com trambelho que a minha avó disse depois do AVC e antes de morrer foi que a Migalhinha queria ser cozinheira. Tem uma enorme dificuldade em focar-se. É capaz de não conseguir decorar os sinais de trânsito, mas descrever pormenorizadamente como se faz uma múmia, e só ouviu a professora a explicar uma vez. Pena que não faça parte da matéria. Com ela tenho que trabalhar mais, ajudá-la a concentrar-se, explicar-lhe quando está a fazer legendas de figuras, em matemática, e reconhece uma régua e uma balança, o outro desenho jamais poderia ser um bolo (era um peso). Tem um coração de ouro, cabe toda a gente deste mundo, e em caso de invasão extra-terrestre, cabem também os dos outros mundos. Vou começar a juntar dinheiro para a mandar estudar em Londres. Se tem jeito para as artes, se quer ser cantora, e bailarinha, e atriz, então que seja das boas. O Sancho continua de se comer, talvez porque a terapia da fala não esteja a surtir um grande efeito, talvez porque continua meigo, alegre e feliz como só ele. Um bocado preguiçoso para trabalhar, o que já se percebe pela pressa que imprime a qualquer desenho ou tarefa da escola, mas vamos ter esperança, afinal sabe o nome dos jogadores todos do campeonato nacional, incluindo os do Arouca. É doido por futebol. E pelo Sporting, se bem que ou ganham o campeonato ou não sei, afinal ele gosta muito do Sporting mas gosta mesmo muito mais é dos que ganham.
Tenho lido blogues, alguns, se bem que tenho pouco tempo para acompanhar enredos, e pouca  vontade para escrever. Mas voltei a ler, já vou no sexto livro deste ano, o que é tanto como li nos últimos nove.
Nem sei que mais vos diga, que vos interesse, claro. Bloquearam-me o carro, Amiga de Sempre foi novamente mãe, já uso óculos para ver ao perto, o carrocel não pára e não dá para sair em andamento.
Ou dá. Mas não queremos.

quinta-feira, fevereiro 11, 2016

Para começar uma sopinha de tomate que até já me estou a babar

Hoje vou cozinhar para uma boa parte das minhas pessoas preferidas. Tivesse eu uma casa  maior, uma sala maior, uma mesa maior, e ainda! mais cadeiras, e seriam mais um punhadinho delas.
Gosto de cozinhar, que querem. Para mim não é castigo nenhum passar uma boa parte dos dias especiais enfiada na cozinha. Já se for para limpar o pó e mudar lençóis de camas, chamem outra que me dá logo uma quebra no corpo que até as pálpebras me caem.
Estou só aqui com um pequeno stress com o prato principal. Tenho dois patos, e os cabrões dos patos em vez de marrecos são mudos, e diz que marrecos é que é, os mudos têm uma camada adiposa aquém do desejado na culinária, o que me obriga a estar de panela ao lume a ver se os amacio, não vá ter que ver a cara de reprovação dos exigentes homens desta família, que até parece que foram todos criados a estrelas Michelin.
Hoje faço 41 anos, a caminhar para marreca como os patos, que diz que assim é que são mesmo bons,  e desde as sete e meia que tenho as panelas ao lume.


quinta-feira, janeiro 14, 2016

Coisas dos blogs que me entram pelos olhos dentro

Que quem tem complexos de inferioridade ou merdas de problemas com as próprias origens, estará sempre dentro do registo ressabiamento mesmo que o assunto seja as laranjas do Algarve.
Que devia ser proibido escrever comentários maiores que os próprios posts, tornam as caixas de comentários tão enfadonhas, que valha.me Deus.
Que continua a existir quem ache que deve explicar o mesmo ponto de vista de dez maneiras diferentes. Porque obviamente quem pensa de outra maneira só pode ser por ainda não ter percebido. Claro.
E por fim digo-vos, prefiro mil vezes, duas mil, cem mil vezes, ser uma adulta muita, mas muita parva, parvinha mesmo daquelas de dar dó, do que ser tão burra como o calcário da calçada portuguesa.
Agora vou ver se ainda consigo comprar bilhetes para aquilo do Marquês que diz que já só há na candonga ou então tenho que me ficar pelo Saldanha.

sexta-feira, janeiro 08, 2016

Valha-me a sexta

Quem me dera que algumas pessoas que trabalham comigo lessem o meu blog. Assim ficariam a saber que quando faço uma questão, confirmo 50% das vezes a veracidade da resposta. Se já me tiverem mentido, passa a 100%. É que assim ficariam com uma ideia muito clara da opinião que tenho do carácter delas.

quinta-feira, janeiro 07, 2016

Ontem foi dia de Reis (já????)

Depois vi as luzes acesas ali para os lados da avenida da Igreja, e ouvi música de Natal no parque de estacionamento do Pingo Doce, e já não me senti tão mal.

terça-feira, janeiro 05, 2016

domingo, janeiro 03, 2016

sábado, janeiro 02, 2016

A minha primeira compra de 2016 foi online

E foi um livro.
Passei o primeiro dia de pijama, com Migalhas, a rebolarmo-nos, esponjarmo-nos, esparramarmo-nos (e outros "mo-nos") nos sofás, interrompendo apenas com incursões à cozinha e à mesa dos doces. Enrolámo-nos em mantas e roupões em frente à lareira, mesmo que em verdade não estivesse nenhum frio, mas não quisemos ver o Tintin. Nem a Maléfica. Nem os Croods. Foi bom porque é tão raro, nenhum outro dia do ano nos permite esta madornice do dia 1 de Janeiro, entalados que andamos em actividades e afazeres.
A árvore de Natal pisca por mais cinco dias, e depois é tempo de arrumar e rumar ao tempo seguinte.